O incêndio na boate Kiss ocorreu em 27 de janeiro de 2013 em Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil. O incêndio começou quando uma faísca de um sinalizador pirotécnico, usado pela banda Gurizada Fandangueira durante uma apresentação, atingiu a espuma de isolamento acústico no teto da boate. A espuma era altamente inflamável, e o fogo se espalhou rapidamente pelo local.

A tragédia resultou na morte de 242 pessoas e deixou mais de 600 feridos, tornando-se um dos incêndios mais mortais em casas noturnas na história. A maioria das vítimas morreu por asfixia devido à inalação de fumaça tóxica, enquanto outras foram pisoteadas durante a evacuação caótica.

Vários fatores contribuíram para a gravidade do incêndio e a alta taxa de fatalidades:

  1. Falta de saídas de emergência: A boate Kiss tinha apenas uma entrada e saída principal, que também servia como saída de emergência. A falta de saídas de emergência suficientes e claramente marcadas dificultou a evacuação das pessoas e aumentou o número de vítimas.
  2. Capacidade excedida: A boate estava superlotada na noite do incêndio, com estimativas sugerindo que havia mais de 1.000 pessoas no local, excedendo a capacidade permitida de 691. A superlotação dificultou a evacuação rápida e ordenada e contribuiu para a alta taxa de fatalidades.
  3. Materiais inflamáveis: A espuma de isolamento acústico usada na boate era altamente inflamável e não atendia aos padrões de segurança contra incêndio. O uso de materiais inflamáveis aumentou a rapidez com que o fogo se espalhou e a quantidade de fumaça tóxica produzida.
  4. Falta de preparação e treinamento: A falta de treinamento e preparação adequados por parte do pessoal da boate e dos frequentadores contribuiu para o caos e a confusão durante a evacuação. Além disso, a boate não possuía um plano de evacuação adequado e não realizava treinamentos regulares de segurança contra incêndio.

O incêndio na boate Kiss levou a uma revisão das regulamentações e padrões de segurança em casas noturnas e outros locais públicos no Brasil e em outros países. Houve um aumento na fiscalização e na aplicação de regulamentações de segurança contra incêndio, incluindo a exigência de saídas de emergência adequadas, o uso de materiais não inflamáveis e a realização de inspeções e treinamentos regulares de segurança.